17/06/2025 | Notícia | ArchDaily
Descrição enviada pela equipe de projeto. O economista Guilherme Bragança e a designer Danielle Freitas moravam em um apartamento pequeno, no Leblon (RJ), quando compraram um terreno de 86m2 com uma casa antiga, localizada dentro de uma vila super charmosa, no Humaitá. A ideia deles era construir ali a casa dos sonhos da família e, para esta missão, encomendaram um projeto ao arquiteto Marcos Fossati, que é amigo de infância do casal. "Eles pediram uma casa moderna, confortável, arejada e com jardim", conta Marcos. "Para aproveitar melhor o pequeno lote e projetar uma casa totalmente personalizada para eles e os dois filhos, tivemos que demolir quase toda a construção existente, mantendo apenas a varanda, que é tombada", acrescenta ele.
O arquiteto revela ainda que usou estruturas metálicas aparentes para montar em módulos os quadro andares da nova casa (com 200m2 de área construída), afastando o fundo e a lateral para garantir a entrada de luz e ventilação naturais. Pela mesma razão, a fachada ganhou grandes esquadrias de vidro transparente, com venezianas articuladas externas (em ripas de madeira cumaru) que garantem a privacidade da família, quando necessário.
Com relação aos materiais, no andar térreo, o teto da sala foi rebaixado em gesso e pintado de branco, o teto da cozinha é de bruto aparente, a parede principal foi feita com tijolinhos maciços reaproveitados da demolição da casa existente e o piso é de cimento queimado. Já o piso da área íntima recebeu taco de madeira, paginado em espinha-de-peixe. "Fizemos a parede que acompanha a escada de serralheria em concreto moldado in loco", informa o arquiteto.
O piso térreo concentra os espaços de convivência, com sala, cozinha e jardim de inverno integrados. No segundo andar ficam os quartos dos dois filhos, enquanto o suíte master (com banheiro e closet integrados ao dormitório) ocupa todo o terceiro piso. Por fim, a cobertura foi destinada às áreas de lazer, com churrasqueira e mesa para refeições protegidas por teto retrátil e piscina descoberta, com lateral de vidro transparente.
No geral, o conceito do projeto buscou criar uma residência contemporânea brasileira verticalizada e inserida em uma vila de casas geminadas, com pegada industrial e uma pitada de casa da vovó para imprimir mais personalidade e autenticidade.
Na decoração - que ficou a cargo da própria moradora, que é designer -, com exceção da porta de entrada da casa, a mesa de jantar e a pia do lavabo, que foram reaproveitados, a maioria dos móveis são novos. Entre as peças de design assinado, vale destacar a poltrona Tetê e os bancos Marcos e Mocho, do Sergio Rodrigues, a estante Icon, do Jader Almeida, a mesa de centro Botanique, da Vivian Coser, e as cadeiras de jantar Curva, do Joaquim Tenreiro (originais dos anos 1960) – todos ambientados no piso térreo. A paleta cromática do décor vem dos próprios materiais e acabamentos, com tons de cinza, preto e branco (presentes no concreto, cimento, ferro, aço inox e tinta) que reforçam a identidade contemporânea da casa e tons castanhos e avermelhados (presentes nas madeiras e tijolinhos de demolição) que acrescentam história e aconchego aos espaços.
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