Casa AF

09/07/2025 | Notícia | ArchDaily

Descrição enviada pela equipe de projeto. Em um cena?rio de ri?gidas limitac?o?es de uma construc?a?o no Clube de Campo de Sa?o Paulo - como a impossibilidade de ampliar a a?rea edificada ale?m dos 150 m2 originais - a arquiteta Sandra Sayeg encontrou liberdade criativa ao redesenhar por completo os interiores da Casa AF. Desenvolvido para um casal com filhas ge?meas, o projeto traduz com intelige?ncia a esse?ncia da arquitetura bem pensada: cada centi?metro conta, cada abertura importa.

A estrate?gia adotada foi radical na delicadeza. Internamente, a casa foi completamente reorganizada: quartos foram reposicionados, va?os ampliados, janelas abertas, e uma nova lo?gica de ocupac?a?o dos espac?os foi implantada. A planta, antes compartimentada e escura, passou a respirar luz natural. A sala - antes isolada - se abre para um terrac?o nos fundos, agora generosamente iluminado e integrado a? a?rea social e a? cozinha, valorizando o sol da manha? e a paisagem verde do entorno.

Para ampliar a sensac?a?o espacial, Sayeg propo?s um mo?vel conti?nuo ripado, que percorre toda a a?rea social. Mais que marcenaria, ele atua como elemento integrador, articulando diferentes usos - como louceiro, adega e arma?rio, ale?m de porta mimetizada que leva ao corredor dos quartos - sem fragmentar a leitura do ambiente. A mesma lo?gica foi aplicada a? cozinha, com desenho da marcenaria e execuc?a?o sob medida, onde bancadas em Corian e iluminac?a?o pontual ajudam a trazer funcionalidade e calor ao cotidiano. Para integra?-la a? sala, a demolic?a?o das antigas paredes exigiu reforc?os estruturais, resultando em uma po?rtico meta?lico aparente que traz um charme especial.

A materialidade dialoga com o contexto rural sem abdicar da contemporaneidade. A madeira aparece no forro ripado inclinado, executado sob medida com frisado de 3 mm, e tambe?m nas venezianas de alumi?nio com acabamento madeirado. Os caixilhos em tom corten, os revestimentos hidra?ulicos verdes e amarelos e os perfis meta?licos reforc?am o cara?ter hi?brido do projeto: entre o campo e a cidade, entre o afeto e a precisa?o te?cnica.

No antigo gazebo, o espac?o foi reconfigurado com a abertura das paredes e o desenho de uma lareira de convecc?a?o bidirecional, que aquece tanto a a?rea de jantar quanto o novo estar. Do outro lado, o terrac?o, se estende com o uso de um toldo retra?til da Stobag e piso drenante da Braston, soluc?a?o que respeita os limites do clube e aumenta a a?rea de convive?ncia sem transgredir a norma.

A a?rea i?ntima recebeu atenc?a?o especial, com a adic?a?o de um quarto para receber ho?spedes; em comum, os tre?s co?modos trazem marcenaria artesanal e soluc?o?es de ventilac?a?o natural, como portas com palhinha em a?reas com maior umidade. As cortinas em linho translu?cido da Entreposto brincam com as tonalidades e a luz, enquanto o mobilia?rio sob medida e os detalhes - como a escadinha da beliche iluminada por LEDs no quarto das meninas - revelam o cuidado com cada gesto arquiteto?nico.

A iluminac?a?o assinada pelo Luz.emais, somada ao mobilia?rio selecionado em lojas como 'Ovo, Tidelli e Dpot, completam a ambientac?a?o da casa, que surpreende por sua leveza e proporc?a?o. "Quanto menor a casa, mais bem pensado tem que ser o projeto", diz a arquiteta - e esse princi?pio se materializa aqui em forma de espac?os integrados, inteligentes e profundamente acolhedores.

Mais do que um exerci?cio de reforma, a Casa AF e? um exemplo de como a arquitetura pode transformar limites em pote?ncia, revelando que, com sensibilidade e rigor, ate? os menores espac?os podem se abrir para o essencial.

Leia na íntegra

Ao navegar no site você estará concordando com a nossa política de privacidade.

Ok
Fechar modal