03/12/2025 | Notícia
O Cacau Park, que será um dos maiores parques temáticos da América Latina, entre Itu e Sorocaba, no interior de São Paulo, já é um marco da construção industrializada brasileira – mesmo com inauguração prevista apenas para 2027. O empreendimento está sendo erguido com 500 toneladas de perfis galvanizados, levando o Light Steel Framing (LSF) a uma dimensão inédita.
Trata-se de um território de convergência entre técnica, cultura e sustentabilidade, um espaço onde o sistema em aço reflete a precisão da engenharia e a imaginação arquitetônica.
Esse universo mágico — com fábrica de chocolate, florestas encantadas, civilizações antigas e a montanha-russa mais alta e veloz da América Latina — está sendo montado no estilo Lego: módulos projetados para se encaixar com exatidão, transformando o canteiro de obras em uma linha de montagem criativa.
Além do sistema de fechamento em LSF, nas coberturas dos galpões foi utilizada telhas em aço pré-pintado com isolamento térmico que reforça a agilidade da execução.
O aço que dá forma à fantasia
O sistema construtivo também amplia o repertório plástico dos arquitetos. Permite fachadas temáticas, curvas e texturizações, abrindo espaço para novas expressões visuais em obras de grande escala. Para Rodrigo Brandão, trata-se de uma “liberdade criativa em grande escala”, onde a estrutura industrializada se converte em suporte para o imaginário. Templos fictícios, hotéis temáticos e pavilhões imersivos surgem com a precisão de uma fábrica e o encanto de um sonho.
Assim, o parque torna-se laboratório de sustentabilidade aplicada e referência monumental da construção a seco no país.
Um canteiro como vitrine de engenharia
Há algo de fascinante em observar um parque temático nascer com a lógica de uma indústria. Da chegada dos perfis galvanizados à montagem final, o processo se desenha com clareza quase coreográfica. Cada módulo erguido é uma demonstração pública de eficiência — o canteiro transformado em vitrine tecnológica.
A combinação entre pré-moldado e Light Steel Framing, segundo Rodrigo Brandão, revela uma inteligência construtiva genuinamente brasileira: “O pré-moldado traz velocidade, e o LSF acrescenta flexibilidade e leveza”. Essa integração, pragmática e criativa, reflete uma maturidade rara na engenharia nacional. Para a Espaço Smart, o Cacau Park consolida um novo paradigma: a industrialização como cultura construtiva.
“O futuro da construção no Brasil passa pela industrialização”, garante Rodrigo Brandão. Os ganhos em tempo, qualidade e sustentabilidade provam que o LSF é escalável a empreendimentos de qualquer porte, inclusive megaprojetos como este. Quando abrir suas portas em 2027, o parque será visto pelo público como um espaço de diversão e encantamento — mas, para a engenharia brasileira, representará um divisor de águas, o momento em que o aço deixou de ser estrutura para se tornar linguagem.
Ficha Técnica
Cacau Park
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