06/04/2023 | Notícia | Galeria da Arquitetura
m 1954, a cidade de São Paulo foi honrada com um marco histórico no urbanismo e no paisagismo no Brasil, o Parque Ibirapuera – projetado pelo renomado arquiteto Oscar Niemeyer.
Passados 68 anos, o escritório global Perkins&Will, em parceria com a construtora Trisul, idealizou um edifício residencial com vista permanente para o verde exuberante da cidade – o Oscar Ibirapuera.
“Nós pensamos em uma arquitetura que vai além do design. O arquiteto precisa se preocupar com a longevidade e com as questões da cidade – tanto para quem vai morar, como de quem passa por ali no dia a dia”, declara Douglas Tolaine, Design Director do Perkins&Will.
Representatividade
O empreendimento Oscar Ibirapuera tem uma estética diferenciada que se inspira no modernismo brasileiro e incorpora coberturas sustentadas apenas por colunas, formas orgânicas e brises nas fachadas.
O projeto arquitetônico seguiu uma abordagem diferente, não cercando o edifício com muros, mas permitindo a criação de um pavilhão que serve como ponto de partida para as torres. Essa ausência de limites proporciona uma sensação de interação entre os moradores, além de permitir maior conexão com a natureza e a paisagem ao redor.
Fazendo alusão à marquise do Ibirapuera, que oferece uma passagem generosa e totalmente aberta nas laterais, a cobertura da área de lazer também foi projetada para promover a integração. Isso resulta em áreas comuns conectadas de forma harmoniosa e fluida, proporcionando uma experiência agradável para os moradores e visitantes.
Ademais, como a vista dos apartamentos do térreo se volta para dentro, o estúdio explorou formas e elementos marcantes no próprio desenho da piscina externa.
“A gente tem uma representação do lago do Ibirapuera com uma piscina muito mais natural e muito menos formada de cerâmicas e pedras. Outra situação interessante é o chão da piscina que brilha o tempo todo, como se fosse o reflexo do céu que está sendo rebatido no piso”, explica o arquiteto.
Para as fachadas, os arquitetos pensaram em brises móveis em painéis de madeira chanfrada – que ora podem se abrir completamente, ora podem se fechar para proteger os interiores da incidência da luz solar. Os moradores têm autonomia se querem ser vistos ou não.
Os painéis reaparecem no térreo como acabamento das paredes, contrastando com uma ampla treliça metálica branca em padrão geométrico e acentuando o ritmo das áreas de passagem.
Fator indispensável
O jardim é o protagonista do projeto, já que o fator determinante é a conexão direta com o parque. O verde foi bastante explorado, estando presente nas generosas calçadas, em toda extensão vertical das duas torres, no térreo e acima do pavilhão.
A precisão na criação dos espaços que priorizam o bem-estar permite que o projeto desperte sensações e instigue a permanência, a partir da contemplação de todos os seus detalhes e da paisagem sobre a qual se debruça.
“O Oscar Ibirapuera concilia a inovação e a urbanidade ao mesmo tempo em que convida para uma experiência imersiva na maior e mais bela área verde da cidade, proporcionando aos moradores a serenidade necessária para balancear as tarefas do dia a dia”, finaliza a equipe do escritório.
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