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Na busca por uma abordagem arquitetônica inovadora e conectada com o ambiente marítimo, o escritório Espírito Santo Arquitetos Associados, liderado por Diego Espírito Santo e Valério D’Oca, encontrou no sistema construtivo em aço a solução ideal para dar vida à Casa Verde, em Florianópolis, Santa Catarina. Nestas páginas, você acompanha como o uso do aço se tornou a chave para alcançar os objetivos do projeto, destacando a rapidez na construção e os inúmeros benefícios que esse material oferece.

“O uso do sistema construtivo em aço foi fundamental para agilizar o processo de construção, uma vez que ele é pré-fabricado e sua montagem é simplificada, evitando retrabalho”, afirma Diego Espírito Santo. A rapidez na execução não foi a única vantagem desse sistema, pois o arquiteto enfatiza que o aço proporcionou uma série de benefícios adicionais, como capacidade de vencer grandes vãos e redução do desperdício de materiais.

A residência também se destaca pelo uso criterioso das ligações parafusadas, conferindo à estrutura uma união sólida e eficiente, enfatizando a habilidade do aço de fornecer tanto força quanto precisão na montagem.

A integração entre o interior e o exterior da Casa Verde é outro ponto forte do projeto, alcançado graças à versatilidade da estrutura. “Ela permitiu a integração total entre o interior e o exterior da residência, principalmente devido à capacidade do aço de sustentar grandes vãos livres e a utilização de elementos de vidro nas fachadas”, explica Diego. Essa conexão visual e espacial contínua entre os espaços internos e o ambiente externo cria uma sensação única de harmonia com a natureza circundante.

O conceito de integração com o entorno marítimo se reflete em cada detalhe da Casa Verde, inspirada em uma elegante embarcação à beira mar. O arquiteto avalia que “a estrutura metálica permitiu criar o efeito de um telhado ‘flutuante’, que parece pairar sobre o volume da casa, reforçando a inspiração náutica e marítima do projeto”. Esse efeito proporciona uma estética diferenciada e impressionante, destacando-se pela sensação de leveza e modernidade.

“A cobertura repousa sobre uma laje impermeabilizada do tipo steel deck, com a estrutura metálica adicional posicionada sobre essa base. A telha, por sua vez, cobre essa estrutura, proporcionando a proteção e o acabamento necessários”, afirma Diego Espírito Santo. 

As esquadrias de piso a teto foram projetadas com a intenção de oferecer ampla permeabilidade visual e a sensação de varanda mesmo no interior da casa. “Essas esquadrias foram embutidas em certas áreas, permitindo a integração do ambiente interno com o externo quando abertas”, ressalta o arquiteto.

Além das questões estéticas, o sistema construtivo em aço ofereceu vantagens significativas para o conforto dos moradores da Casa Verde. Diego pontua que “é possível construir grandes vãos e aumentar o pé-direito dos ambientes sem comprometer a estabilidade da estrutura”. Isso possibilitou a criação de espaços amplos, com tetos altos e poucas barreiras visuais, gerando uma sensação de expansão e liberdade visual.

Quando questionado sobre o papel do aço na característica arquitetônica da cobertura que parece “solta” em relação ao volume da casa, Diego responde: “A flexibilidade do aço como material permitiu projetar estruturas e formas diversas, e sua leveza contribuiu para essa sensação visual”. Ele também explica que o maior desafio foi criar uma estrutura que resistisse aos ventos marítimos, mas o uso do aço foi essencial para tornar essa ideia viável e segura.

O conforto térmico e acústico da residência também foi contemplado no projeto. “Foram adotadas medidas adicionais, como o uso de telhas sanduíche, ventilação cruzada interna, brises solares e orientação solar”, afirma o arquiteto. Essas ações garantem que os moradores desfrutem de um ambiente agradável, mesmo em áreas expostas à maresia.

As telhas perfuradas utilizadas na fachada da Casa Verde demonstram uma abordagem criativa para o revestimento. Além de oferecer uma estética única, elas também têm um papel funcional, permitindo a ventilação cruzada e filtrando a luz natural de maneira envolvente.

Visando proteger a residência das condições do mar e garantir durabilidade e resistência à corrosão, o arquiteto conta que o aço galvanizado recebeu pintura eletrostática para a estrutura da cobertura. “Essa combinação oferece uma camada protetora duradoura, mantendo a integridade e o acabamento da estrutura ao longo do tempo”, garante Valerio.

O layout flexível da planta da Casa Verde permite a adaptação dos ambientes de acordo com as necessidades dos moradores, tornando-a uma casa fluida e harmoniosa. É fundamental ressaltar a presença de mobiliário e uma escada elaborados a partir de perfis tubulares de aço. Essa escolha não apenas cria uma estética industrial elegante, mas também evidencia a versatilidade do material.

A requintada frente da lareira em aço inoxidável, adiciona um toque de modernidade e exemplifica a capacidade do material de resistir ao calor e proporcionar uma aparência sofisticada, enriquecendo ainda mais a atmosfera da residência.

Ao admirar essa obra arquitetônica, somos lembrados o tempo todo da sinfonia perfeita entre o aço e o esplendor marítimo que se complementam e criam uma experiência única para seus moradores.

FICHA TÉCNICA
Casa Verde
 

Projeto Arquitetônico/Arquiteto Responsável: Espírito Santo, Arquitetos Associados/Diego Espírito, Santo e Valério D’Oca
Fabricante da Estrutura em Aço: Sulmeta
Execução da Obra: Engenharia Castanhel Empresa Responsável pelo Projeto da Estrutura em Aço: Alisson Madeira Engenharia Estrutural
Área Construída: 745 m²
Volume de Aço Empregado: 90 toneladas
Conclusão da Obra: 2022
Local: Florianópolis, SC

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