Casa sustentável de aço e vidro é totalmente integrada à natureza

24/09/2021 | Notícia | Casa & Jardim

A arquitetura moderna sempre encantou a economista Caroline Botto, de 45 anos. Ela tem um olhar sensível em relação à cultura e às tendências desde criança e acredita que essa bagagem é resultado das viagens e referências que sua mãe trouxe à vida dela.

Quando precisou se mudar e construir uma nova casa, reuniu todas essas referências para fazer o projeto da nova morada. Caroline começou então a busca on-line por um arquiteto que atendesse suas expectativas: tinha que ter experiência com construções de estrutura metálica e queria um profissional jovem.

Logo que encontrou o arquiteto André Luque (@andreluquearquitetura), o "match" foi certo. O profissional respeitou todas as exigências e desejos da moradora, que tinham como objetivo respeitar a natureza, e os traduziu nessa construção de 500 m², na zona sul do Rio de Janeiro.

O projeto demorou quatro anos para começar, pois a moradora precisou ir atrás de uma licença concedida pelo Iphan e pela Secretaria de Urbanismo, por se tratar de uma área tombada. A obra durou apenas um ano.

Caroline queria uma casa sustentável, com construção ecologicamente correta e que fosse totalmente integrada à natureza. A casa foi construída em um nível mais baixo e não na altura da rua. “Queria estar em contato com a natureza e com um terreno desses não teria como ser diferente”, declarou Botto.

A casa é feita de aço e vidro, e somente na construção foram usadas 15 toneladas de aço. Caroline se preocupou em usar materiais orgânicos, naturais e que se conectassem com suas raízes. Toda madeira usada na obra é de demolição e a iluminação é automatizada, priorizando a economia.

A casa respeita a lógica eco-friendly na construção e também trouxe soluções sustentáveis para facilitar a rotina dos moradores. Um sistema de captação de água de chuva permite maior economia do recurso. Clarabóias foram instaladas nos quartos para maior incidência de luz natural, e 29 placas solares captam energia para a residência.

Durante a construção, a cozinha precisou sofrer um desvio a fim de preservar o pé de abacate que estava no terreno. Por ser construída em um declive, platôs foram criados para permitir que a casa ficasse junto ao mar. A decisão de levar a casa para “baixo” no terreno faz parte da escolha de ficar em meio à natureza. Dessa forma, os moradores podem ter uma casa fechada de vidro e manter a privacidade.

Caroline vive no local com seu marido, a filha e alguns animais de estimação. A economista tem três cachorros, sete gatos, duas tartarugas e 20 peixes. Além disso, recebe diariamente a visita dos tucanos que moram por ali.

A área social da casa está totalmente integrada e somente os quartos foram feitos de forma "mais tradicional", em um local reservado do imóvel. O living está em um espaço amplo e abriga sala de estar, de jantar e a cozinha – que é o coração da casa.

Caroline adora cozinhar e divide ótimos momentos com a família no ambiente. Ela sempre desejou uma cozinha aberta, para que pudesse interagir com os convidados em outros cômodos.

Além da cozinha principal, existe também uma gourmet, que fica na varanda e ao lado da piscina, posicionada estrategicamente para os momentos de descontração. Uma terceira cozinha, na parte de cima, ainda serve de apoio para o dia a dia. Ali, mesas e poltronas estão dispostas para momentos de descompressão.

A decoração é pautada a partir dos princípios ecológicos da casa. Alguns móveis e objetos vieram diretamente da Indonésia, produzidos por artesãos locais, sob a orientação da moradora, e com materiais sustentáveis.

"Quem constrói tem que pensar um pouco como economista", pontua a moradora em relação à escolha de soluções que permitem a economia de recursos naturais no dia a dia e rotina da família.

O paisagismo foi totalmente criado pela moradora. “Tentei fugir um pouco do tradicional tropical do Rio de Janeiro e plantei oito oliveiras que se adaptaram muito bem”, diz a economista. Moreias e espadas-de-São-Jorge estão presentes no projeto, além das tumbergias na lateral, para trazer mais privacidade.

O projeto foi inspirado também na filosofia oriental em alguns detalhes. Um espelho d'água com carpas traz energia para a casa, logo na entrada – e é a mente da residência.

Veja na íntegra.

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