Casa EP / SAU - Studio Arquitetura Urbanismo

11/08/2022 | Notícia | Galeria da Arquitetura

 


Localizada ao lado de uma área de proteção ambiental, em um terreno com 12 metros de desnível, a Casa EP foi projetada para se encaixar na natureza e na topografia, além de oferecer aos moradores vista panorâmica da paisagem. (Foto/Imagem: André Biselli Sauaia)

 

Volumes que surpreendem

À frente do SAU | Studio Arquitetura Urbanismo, o arquiteto André Biselli Sauaia foi convidado a projetar a Casa EP, localizada em uma região montanhosa de Tamboré (SP). Para o profissional, o principal desafio do projeto arquitetônico foi materializar uma residência com 475 m² em um terreno com 100% de inclinação e 12 metros de desnível.

O declive preexistente acabou norteando toda a arquitetura. O terreno era dificultoso, mas a vista exuberante, e foi isso que o escritório procurou valorizar em todo o projeto. Assim, todos os ambientes sociais e quartos estão voltados para ela, estabelecendo uma enorme interação da casa com a natureza. O resultado foi um volume de 21 m x 7,5 m que se eleva sobre a topografia.

Volumetria estendida

 


Grandes aberturas fizeram com que o interior da residência se conectasse com o jardim e com a piscina do lado de fora.  (Foto: André Biselli Sauaia)

 

O programa da residência foi organizado em três pavimentos: inferior, térreo e superior. Quase imperceptível quando visto da rua, o inferior é constituído por um espaço gourmet com churrasqueira, lavabo, área de serviços, terraço – ora coberto, ora descoberto – piscina e jardim particular.

No térreo fica o acesso principal, a cozinha, o depósito, as salas de estar e jantar, a garagem e a varanda privativa com jardim. O layout organizado nesse volume confere um pavimento térreo sem divisões, integralmente vedado com vidro, como uma plataforma que acolhe o acesso da rua e promove o gesto essencial de superar o declive em direção à vista.

No volume superior estão as três suítes, uma sala íntima e um terraço com jardim. Os dormitórios estão voltados para o leste, onde há total conexão com a vista e com o terreno vizinho, que é uma reserva de preservação ambiental permanente.

Harmonia entre os materiais
A materialidade da casa é concisa, tendo vidro e concreto como os elementos fundamentais. A estrutura complementada é mista: o volume com balanços mais pronunciados é sustentado por duas vigas de aço na cobertura, que sustentam as lajes invertidas do primeiro pavimento através de tirantes.

No pavimento térreo há um sistema de brises horizontais de alumínio – voltado para a fachada leste – que protege toda a área social da casa da incidência de luz solar direta pela manhã e, ao mesmo tempo, confere privacidade aos ambientes, protegendo-o dos observadores da rua. Esse elemento potencializou uma iluminação agradável sem impedir o desfrute da deslumbrante vista em nenhum momento do dia ou da noite.

Além disso, os arquitetos exploraram a ventilação cruzada, que possibilita a circulação do ar por todos os cômodos.

Fonte: Galeria da Arquitetura
Texto: Vitória Oliveira
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