Canopy by Hilton São Paulo Jardins

11/06/2021 | Notícia | Galeria da Arquitetura

 

Vivacidade brasileira

Abrigado no belo Edifício Stella, construção original dos anos 60 assinada por Croce, Aflalo e Gasperini, o Canopy by Hilton São Paulo Jardins ganhou um projeto de interiores de autoria do M Magalhães Estúdio. O retrofit ficou por conta do Marchi Arquitetura e a incorporação é da Tati Construtora e Incorporadora.

Paralelo à famosa Avenida Brigadeiro Luís Antônio, o hotel exalta a arquitetura, o design e a história da cidade com boas pitadas de sofisticação, diversão e frescor. De acordo com Maria Magalhães, que comanda o escritório, o projeto busca qualificar o entorno dando nova vida ao edifício. “A reocupação dos seus interiores, bem como os ganhos urbanísticos que traz à cidade é, para mim, motivo de alegria”, conta.

Logo na fachada, o grafiteiro Speto traduz os valores do Canopy para a cidade em forma de arte, com um desenho que toma toda a empena. No térreo, três grandes caixas de madeira setorizam ambientes e usos: recepção, acesso a elevadores e restaurante.

O hall foi contemplado com um painel da ceramista Nathalia Favaro. A artista criou uma instalação com barro que leva texturas da natureza brasileira, usando as cores terracota e branco misturadas em altas temperaturas, criando diferentes tons.

A pintora Marcella Riani também compõe a seleção de artistas do projeto. Seus desenhos no muro da fachada e nas paredes do bar ajudam a retratar o conceito que Maria Magalhães quis atribuir ao interior do hotel: orgânico, vibrante, cheio de brasilidade e com toques de feminilidade.

Para os hóspedes

Impossível chegar nas unidades de acomodação sem antes notar os tons de verde, laranja e terrosos – suaves, naturais e quentes – que, associados a texturas orgânicas, casuais e divertidas, firmam a identidade do hotel em todos os andares.

No mobiliário e nos elementos decorativos dos quartos está representada parte da bossa e do charme típico da estética paulistana a hóspedes vindos do mundo inteiro. O desenho da cabeceira segue o formato e o conceito da marca Canopy – a parte estofada em couro traz o conforto, já a palhinha traz a tradição do artesanato.

De volta ao pavimento térreo

As arandelas de Ana Neute (no hall dos elevadores) e os pendentes do Maurício Arruda (no restaurante) trazem um olhar contemporâneo à tradição do capim dourado do Jalapão. No lounge, os cobogós setorizam a circulação de forma leve e permitem a passagem de luz.

Em meio à Poltronas “Paulistano” de Paulo Mendes da Rocha e sketches de Lina Bo Bardi – igualmente presentes no térreo –, peças da aldeia amazônica Beija Flor são usadas como luminárias na área do bar.

As estrelas estampadas nos ladrilhos hidráulicos do chão e do banheiro representam o “Stella”, em referência ao nome do prédio. Também originais de Paulo Mendes da Rocha, esses desenhos dão um visual energético aos ambientes.

O salão se integra à área externa com uma linda vista para o Parque Ibirapuera e para o skyline da cidade. No mezanino, floreiras, muxarabis e bancos de madeira envolvem todo perímetro do terraço, transformando um jardim de eventos em um espaço de convívio com bastante madeira e verde.

Ficha técnica:

Local: SP, Brasil
Conclusão da obra: 2021
Área construída: 4.000 m²
Tipo de obra: Hotéis
Tipologia: Lazer e Turismo
Materiais predominantes: Aço / Madeira / Pedras / Vidro
Diferenciais técnicos: Design / Iluminação / Interiores

 

Veja a matéria na íntegra.

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